CONHEÇA A FOTOTECA MUNICIPAL

26 de fevereiro de 2014

 




A história do Balneário Cassino remonta ao século 19 e representou uma série de inovações administrativas, comportamentais e de infra-estrutura no contexto das aspirações de elites provinciais em reproduzir os hábitos burgueses da Europa no extremo sul do Brasil. A proposta surge em 1885, associado à ligação deste balneário com a cidade do Rio Grande através de uma via férrea. Em 1884, Rio Grande passa a contar com o transporte urbano feito por bondes e neste mesmo ano é inaugurada a Estrada de Ferro Rio Grande-Bagé. Discussões a respeito da construção de um Porto para navios de maior tonelagem foram ampliadas nos anos posteriores até a construção dos Molhes da Barra e Porto Novo, inaugurado em 1915. Representantes da elite industrial e comercial da cidade projetaram a construção de um balneário planificado e fundado na concepção do banho de água salgada como um benefício para a saúde humana.

A prática dos banhos de mar na Europa firmou-se nos séculos 18 e 19, estando associado a uma concepção medicinal que considerava o banho marítimo como um remédio para problemas de saúde. Nesta concepção, a praia consistia num espaço a ser freqüentado por elites em sintonia com os referenciais médico-terapêuticos europeus. Inspirados na fama dos balneários franceses de Dieppe, Deauville e Biarritz, precursores dos banhos de mar com finalidade medicinal, empresários locais arrojaram-se em busca do capital indispensável para a concretização do empreendimento. O projeto apresentado em 1885 pela Companhia Carris Urbanos, basicamente foi fundamentado na extensão da ferrovia da cidade até o futuro balneário, na construção de um hotel e numa linha telefônica. Um espaço planificado para o estabelecimento de um balneário marítimo representou uma inovação no Brasil. A inauguração oficial do Balneário deu-se com a abertura do tráfego ferroviário em 20 de janeiro de 1890 e com o transporte de passageiros no dia 26 do mesmo mês.

Balneário Cassino: o nascimento do banho de mar planificado no Brasil,
 Luiz Henrique Torres

Rio Grande - RS - Brasil
O acervo da Fototeca Municipal teve sua formação dentro do Arquivo Histórico do Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen, setor desta instituição que objetivava salvaguardar documentos textuais, fotografias, livros, e demais acervos relacionados com história e memória da cidade do Rio Grande. Este setor do Centro Municipal de Cultura recebeu no ano de 1986 uma Coleção de Fotografias da Professora de Canto e Piano, Inah Emil Martensen. Em 1º de Julho de 1997, para atender aos propósitos e demandas da comunidade a Prefeitura Municipal do Rio Grande cria através do Decreto nº 6985, a Fototeca Municipal e mais tarde,o Prefeito Municipal, através do Decreto 10288 de 27 de maio de 2009 assinou a denominação da instituição, que passou a chamar-se Fototeca Municipal Ricardo Giovannini. Além da coleção da Professora Inah Emil Martensen, há um conjunto de imagens fotográficas, que passaram a integrar o acervo da Fototeca Municipal, que registra o trabalho dos fotógrafos, onde podemos citar Ricardo Giovannini, Matteo Tonietti, Cauby, Rubens Simão, Rubens Cardoso, Cleto, João Paulo Ceglisky e Gerson, como era conhecido popularmente.

Ricardo Giovannini

A Fototeca recebeu esta denominação em homenagem ao grande fotógrafo, pintor e também cantor barítono que mais apresenta imagens assinadas nesta instituição museológica. Giovannini nasceu em Parma / Itália, em 24 de julho de 1853. Em Rio Grande realizou muitas fotografias, onde podemos destacar os famosos cart-gabinet e cart-de-visit.
Na história deste fotógrafo e pintor, destacamos o grande número de retratos, tanto pintados a óleo como também apresentando a técnica da fotopintura.
Giovannini registrou o requinte de sua pintura em muitas residências de famílias dacidade, ainda em clubes, palcos eem algumas instituições de Rio Grandecomo também em outras localidades da região.

Você já visitou um Museu?

Seguem dicas de como apreciar as obras expostas em uma galeria, sem perder nenhum detalhe...

1. Procure o começo da exposição.

Grande parte das galerias de Arte organiza suas exposições com começo, meio e fim, contam uma história...

2. Perceba o formato da mostra...

Isto é muito importante, visto que nem sempre é possível tocar no conteúdo exposto. Se a mostra promove a interatividade ou apenas a observação, aproveite e participe conforme solicitado.

3. Leia o texto de apresentação da exposição.

O texto que abre a mostra garante ao visitante o contexto histórico e artístico das obras, facilita a compreensão perante o tema escolhido e o conteúdo exposto.

4. Não tenha pressa!!!

Perceba os detalhes que a obra oferece a você... a presença de luz, de cor, a escolha do material, a técnica empregada, o suporte em que a obra está sendo exposta, o contexto histórico, cultural... e toda a estética que o autor concebeu em seu processo criativo.

5. Faça uma leitura própria da obra.

Cada espectador tem uma forma diferente de ver e contextualizar a obra exposta. Faça a experiência, use a imaginação!

6. Marque sua presença!

Ao final da exposição algumas galerias disponibilizam um livro de presença para que o participante deixe registrado a sua visita. E como é bom saber que você fez parte de nossa história!

Visite museus, galerias, feiras e demais eventos culturais em sua cidade!