Nesta quinta-feira (18), comemora-se no Brasil o Dia do Museólogo.
No ano em que se comemora os 30 anos da lei que regulamentou a
 profissão, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) saúda os 
profissionais que cumprem papel essencial para a conservação, pesquisa, 
interpretação, exposição e difusão dos conjuntos e coleções musealizados
 brasileiros, assegurando a preservação das memórias e identidades do 
país. 
Nestas três décadas, o campo profissional da Museologia acumula 
muitas conquistas, também impulsionadas pelo lançamento da Política 
Nacional de Museus, em 2003, a própria criação do Dia do Museólogo, em 2004, a e a criação do Ibram, em 2009. 
O advento de novos cursos de Museologia – hoje são 14 cursos de 
graduação, três de mestrado e um de doutorado, segundo o Conselho 
Federal de Museologia (Cofem) –, a ampliação do mercado de trabalho para
 a profissão, o lançamento de editais e publicações específicos, e o 
aumento considerável de inscrições nos conselhos de classe da área são 
avanços visíveis no processo de qualificação do setor.
Desafios
“Nesta data devemos refletir sobre o caminho até aqui trilhado por todos
 os colegas que fizeram com que a profissão se dignificasse e alcançasse
 um patamar de reconhecimento ímpar”, avalia o museólogo André Angulo, 
servidor do Museu da República/Ibram, no Rio, e integrante da atual 
diretoria do Cofem. “E falo não só sobre estes últimos trinta anos, mas 
nos mais de oitenta anos de formação destes profissionais no Brasil”, 
completa.
Angulo lembra que ainda há desafios que pedem mobilização dos 
profissionais da área para o seu enfrentamento, como é o caso das 
melhorias nas condições de remuneração e trabalho. “Chegamos até aqui 
com a força de trabalho de uns poucos. Se formos mais pessoas, mais 
longe chegaremos”, aposta.
Contribuição
Para o presidente do Ibram, Angelo Oswaldo, os museólogos 
oferecem uma contribuição decisiva ao movimento que coloca o museu no 
centro da cena cultural contemporânea.
” O profissional da Museologia faz do museu um espaço imprescindível 
ao desenvolvimento da cultura, educação, economia e turismo, bem como 
aos avanços na construção da cidadania, na inclusão social e na 
qualificação urbana”, elenca.
Angelo Oswaldo lembrou ainda que o Ibram veio se integrar ao esforço 
dos museólogos brasileiros em favor de oportunidades e condições dignas 
da profissão, compatíveis com as necessidades da vida cultural do país.
“Numa rede de solidariedade, sustentada pelo diálogo e pela soma de 
experiências, buscamos acelerar o processo que consagra o museu como uma
 instituição referencial nas mais diversas perspectivas da realidade 
brasileira. O que inclui o pleno exercício do papel insubstituível do 
museólogo em toda a extensão do nosso campo”, conclui.
Texto: Ascom/Ibram